domingo, 19 de abril de 2015

Apenas um pensamento



    A vida passa rápido demais
    Passa que a gente nem vê passar
    O tempo não tem asas, mas vôa.
    E eu fico aqui preocupado com a vida
   

sábado, 4 de abril de 2015

Desvendando os mitos e as verdades sobre o chocolate

Moderação é a chave para aproveitar dos benefícios da delícia sem prejudicar saúde e peso



Flor de cacau cresce na Indonésia. Componentes da fruta são os responsáveis pelos benefícios do chocolate. Foto: Bloomberg News

Flor de cacau cresce na Indonésia. Componentes da fruta são os responsáveis pelos benefícios do chocolate. Bloomberg News
RIO — Prazer e culpa andam juntos quando se fala de... chocolate. Não é por menos: a delícia consumida pelos astecas e maias estimula a liberação de serotonina, o mesmo hormônio que liberamos durante o sexo. Mas, como se sabe, o deleite vem acompanhado de uma alta dose de calorias: segundo o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração (HCor), apenas uma barra grande de chocolate pode conter até 700 calorias. O segredo para saborear sem sofrer depois, portanto, reside na moderação.

— O chocolate não é vilão nem mocinho. Nesta história, o bandido é a quantidade. Tudo em quantidade pode matar, até água. O chocolate contém gordura saturada e açúcar, que são outros vilões. Mas também tem flavonoides, que ajudam no combate ao colesterol — explica o médico.
Mas para quem quer aproveitar as benesses do chocolate, é melhor se acostumar com o gosto das versões mais amargas, com 70% de cacau, que têm bem menos gordura e açúcar.
— O consumo de 20 a 40 gramas por dia, de chocolate amargo, teria mais benefícios do que malefícios — recomenda Magnoni, que não defende, porém, que ninguém faça jejum de chocolate durante a irresistível temporada de Páscoa:
— Não tem por que fazer patrulhamento na Páscoa, pode comer quanto chocolate quiser. Não é a época de fazer regime. O importante é reduzir o consumo durante a vida, na merenda escolar. Mas não tem por que recusar uma caixa de bombons da sua sogra — brinca.

Confira abaixo outros mitos e verdades sobre o chocolate, e boa Páscoa!
“Chocolate branco não é chocolate”. Verdade. Não só não é chocolate, como é um grande vilão de quem quer manter uma alimentação saudável.
— O chocolate branco é um engodo, uma fraude. Ele não é nada, apenas uma mistura de açúcar, óleo e gordura”, afirma o dr. Magnoni.
“Chocolate diet é bom para dieta”. Mito. O chocolate diet é apenas recomendado para diabéticos, pois não contém açúcar. Já quem está de dieta deve fugir do “diet”:
— O chocolate diet é uma armadilha em termos calóricos, porque ele tem mais calorias. O que a indústria tira de açúcar, ela coloca de gordura, para manter o gosto doce.
“Chocolate vicia”. Mito. O chocolate não causa nenhum tipo de dependência. Se as pessoas não conseguem largar dele, é por causa da sensação de prazer que a serotonina libera.
“Chocolate ajuda durante a TPM”. Verdade. Mais uma vez, a serotonina ajuda a responder a questão. É ela que auxilia no combate à ansiosidade e à irritação típicas da TPM. Mas, da mesma forma, a tensão pode ser atenuada com exercícios físicos ou sexo, outras duas atividades que liberam a substância.
“Chocolate ajuda nos estudos”. Depende. O chocolate é fonte de energia e, portanto, pode dar maior disposição para quem precisa encarar uma maratona de estudos ou de exercícios. Mas não adianta achar que comer um ovo de Páscoa antes prova vai garantir um bom resultado.
— O chocolate é um fornecedor rápido de energia, mas não tem ação melhorando a ação cognitiva.
“Chocolate dá espinha”. Mito. Não há nada que comprove a relação do alimento com o surgimento das espinhas.
“Chocolate tira o sono”. Mito. O produto não contém cafeína o suficiente para provocar este efeito.
“Chocolate pode ajudar na prevenção do Alzheimer”. Verdade. De acordo com o dr. Magnoni, estudos apontam que o chocolate é bom para os quadros do sistema nervoso central, o que ajuda a evitar a incidência de mal de Alzheimer e demência.
— Não quer dizer que você vai dar chocolate para o avô e ele vai se curar. Não funciona para melhorar quem já tem. Mas há trabalhos que mostram que grupos populacionais que consomem o chocolate ao longo da vida tem menor incidência desses tipos de doenças mentais.